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 A moda e sua capacidade de se reinventar e se adaptar.

Danielle Farias Janguiê

Na quarta coluna que escrevemos para o portal, trazemos ainda um assunto muito discutido: a pandemia e suas consequências. Todo mundo teve que se reinventar de alguma forma, adaptando-se à novos tipos de demandas, criando novas oportunidades e aposentando velhos interesses. Com a moda não foi diferente. Já falamos sobre o “novo normal” ou o que esperamos que vai acontecer quando encerre a pandemia, já falamos das mudanças que as mulheres provavelmente buscarão para demonstrar a sobrevivência ao caos instalado.

A bilionária indústria da moda sempre foi cíclica, adaptável e sempre se reinventa para atender as demandas do inconsciente coletivo, os efeitos colaterais da pandemia já dão sinais de alerta quando lemos que a gigante Victoria’s Secret (liderada pela L Brands) anuncia o fechamento de 250 lojas físicas nos Estados Unidos e Canadá, após registrar uma queda de 37% nas vendas (fonte Ig.economia) vemos que, se para os grandes a situação está difícil, imaginemos os pequenos. Redes menores como a JC Penney anunciou o fechamento de 242 estabelecimentos nos Estados Unidos como parte do plano de reestruturação da empresa que declarou falência. Tudo após a pandemia do COVID19.

Na busca da reinvenção a moda segue, o Museu Fitzwilliam, em Cambrige, Reino Unido, retocou algumas obras valiosas na intenção de conscientizar as pessoas com o uso da máscara, as imagens foram compartilhadas por milhares de pessoas enquanto o museu segue fechado desde março 2020, as imagens foram disponibilizadas no site do museu (https://www.fitzwilliammuseumshop.co.uk/museum/fitzwilliam-masterpieces-2020/ ) chamadas de Fitzwilliam Masterpieces 2020 edition, John Everett Millais’ Bridesmaid desenhou uma linda máscara floral para combinar com seu vestido, Enquanto The Twins, Kate and Grace Hoare, preparando-se para um eio com seu cão, também receberam máscaras. No retrato de Jan van Meyer’s , The Daughters of Sir Matthew Decker, as meninas brincam com segurança e até a boneca se apresenta à uma distância social segura.  Essas ilustrações são vendidas em forma de cartões e podem ser adquiridas no site do museu que permanece fechado. “Essa linha de desenhos nos traz uma perspectiva divertida das nossas vidas atuais através da arte que amamos” diz o museu.

No mesmo tom, e ainda na vanguarda nos efeitos colaterais da pandemia, a estilista congolesa Anifa Mvuemba designer da marca Hanifa (@hanifaofficial) apresentou sua coleção em desfile no formato 3D, via instagram (o primeiro já visto nesse formato).  O desfile impressionou por ser dinâmico e não possuir modelos humanos, apenas as peças de roupas. “sabemos que algumas pessoas podem nunca ter tido a oportunidade de ir a uma semana de moda ou nunca viu uma vitrine da Hanifa, então, queríamos aparecer para o nosso público onde eles aparecem pra nós diariamente”, contou Anifa. Aplaudimos a idéia e esperamos as movimentações da moda brasileira que ainda está aguardando a volta do comércio para apresentar suas coleções. Acreditamos que todos estão procurando uma forma de se apresentar mas ainda com receio de como será a volta do consumo pós pandemia, tudo ainda está muito instável por aqui. Concordamos que o mundo está mudando e o que será da moda brasileira? Com certeza traremos soluções criativas para que o público não se perca e a moda continue no topo das indústrias mais rentáveis, afinal, nossa capacidade de reinvenção e criatividade é intrínseca.

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